Fazer amor

Há um tempo atrás recebi um e-mail de uma amiga com essa poesia que simplesmente amei! Sou romântica sim, de carteirinha. E tudo que fale do amor me faz bem, toca minha alma. Leiam e digam-me o que acham. Apenas sinto não saber sua origem e quem a escreveu. Sem dúvida um poeta.

(Poesia encontrada em um mosteiro)


Fazer amor é pisar na eternidade...
Fazer amor é coisa séria demais...
Não basta um corpo e outro corpo
misturados num desejo insosso
desses que dão feito fome trivial
nascida da gula descuidada
aplacada sem zelo
sem composturas, sem respeito
atendendo exclusivamente a voracidade do apetite.
Fazer amor é percorrer as trilhas da alma
uma alma tateando outra alma
desvendando véus
descobrindo profundezas
penetrando nos escondidos
sem pressa ... com delicadeza.
Porque alma
tem textura de cristal
deve ser tocada nas levezas
apalpada com amaciamentos
até que o corpo descubra
cada uma das suas funções.
Quando a descoberta acontece
é que o ato de amor começa.
As mãos deslizam sobre as curvas
como se tocando nuvens
a boca vai acordando e retirando gostos
provando os sabores
bebendo a seiva que jorra
das nascentes escorrendo em dons.
É o côncavo e o convexo em amorosa conjunção.
Fazer amor é Ressurreição!
É nascer de novo!
No abraço que aperta sem sufocamentos
No beijo que cala a sede gritante
Na escalada dos degraus celestiais que levam ao gozo.
Vale chorar
Vale gemer
Vale gritar
porque aí já se chegou ao paraíso
e qualquer som há de sair melódico e afinado
seja grave, agudo, pianinho.
Há de ser sempre
o acorde faltante
quando amantes
iniciam o milagre do encontro.
Corpos se ajustaram
almas matizaram.
Fez-se o Êxtase!
É o instante da Paz
É a escritura da serenidade
E os amantes em assunção pisam eternidades!

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