Tristeza de Colombina
Tanto que esperou pelo Carnaval e ele veio, passou e mais uma vez ela ficou. Ficou da mesma forma que estava antes. Nada muda. Nada mudou, nada mudará. Tantas canções, modinhas, frevos, e no meio do baile, ela, Colombina esperando Pierrot que não apareceu. Ou, se apareceu, veio disfarçado de outro personagem para que ela não o reconhecesse e assim, pudesse brincar com outras Colombinas. As serpentinas ainda se encontram caídas aos seus pés que de tão cansados, já não os sente. Da mesma forma que já não sente mais as batidas de seu coração que de tão apertadinho, bate num compasso mínimo que é para não deixá-la mais deprimida. Seus olhos, de tanto de procurar, estão secos, embaçados, perderam o brilho da alegria e da ilusão.
Sua boca também secou de tanto chamar por seu nome. Encontra-se árido feito solo do sertão. Seus cabelos, de tanto puxá-los num desespero sem fim, parece mais um novelo disforme após cair nas patas brincalhonas de um filhote felino.
O dia já clareou, as pessoas já debandaram após tanta alegria, a banda parou de tocar faz tempo e os funcionários do clube já pigarreiam para ver se ela se toca e sai também.
Sorriso amarelo, ajeita a fantasia, ensaia uma falsa alegria e se despede de todos.
Sai para a rua e a claridade do sol lhe cega por alguns segundos. Acabou a fantasia, e a realidade se faz mais presente que nunca. É hora de abandonar a alegoria.
Comentários
Feliz dia do bibliotecário (não sabia que você era... rs...)
Beijos!
Beijão!!
adorei
bj desde aqui
teresa
Então, somos colegas heim? Obrigada.
Parabéns pelo niver do blog.
Bjs
Grata surpresa sua visita. E que bom que gostou do que viu. Passe sempre por aqui.
Bjs
Um abraço afetuoso
Invada sempre que puder ou quiser. É sempre bom receber pessoas por aqui. Que bom que gostou de meu espaço. Apareça sempre.
Abraço,