Hoje é dia de Meme Literário!


Que livro que você está lendo?

(Sobre o que é? Onde você está?Você está gostando?)


Conforme o combinado, hoje é dia do Meme Literário de um mês 2011 promovido pelo blog Happy Batatinha. Ando com minhas leituras um pouco lentas e também lendo vários ao mesmo tempo. De vez em quando tenho disso.
Estou lendo o livro O caso Laura, de André Vianco. O livro fala sobre a história de um detetive particular contratado para investigar os encontros que Laura mantém com um homem misterioso. Inicialmente, as gravações das conversas da protagonista com o estranho não revelam nada de espetacular; mas quando o investigador passa a seguir o enigmático sujeito, revelações conduzem a narrativa para o desfecho.

Trecho do livro:

"-Você sempre fez o tipo de pai moderninho. Minhas amigas são acreditavam quando eu contava os papos que a gente tinha. Quando eu contava das vezes que você me tirava do quarto, da frente do computador ou da TV e fazia eu me trocar ecolocar batom e tudo pra ir a uma festa ou baladinha, elas surtavam. Diziam para eu cuidar de você até o fim da minha vida porque pai assim não existe. "

Estou no capítulo 11, página 49. Não tenho ainda uma opinião formada sobre esse livro pois ainda li muito pouco. No entanto, sendo admiradora de André Vianco e já lido seus outros títulos, sei que também será uma boa leitura.

Outro livro que estou lendo, Cada dia mais perto, de Irvin D. Yalom com Gínny Elkin é um livro que leio de forma sofrida. Calma! Já explico: Amo esse autor! Já li seus outros títulos A cura e Schopenhauer, Mentiras no Divã e Quando Nietszche chorou. Sendo um psicanalista, Irvim explora esse universo psicanalítico em suas histórias. Adoro essa temática! Mas, não é uma leitura fácil não. Esse livro comecei a ler num momento muito difícil de minha vida literária. Passava por uma baita crise achando que não conseguiria mais escrever. Bloqueio total. O livro me chamou a atenção justamente por tratar dessa situação:
Ginny era uma jovem escritora criativa e talentosa que enfrentava um sério bloqueio para desenvolver seu trabalho, apresentando um comportamento atormentado e autodepressiativo e submisso. Irvim Dm Yalom, na epoca um jovem psiquiatra e psicoterapeuta apaixonado pela literatura, atendeu Ginny em troca dos registros de cada encontro.

Trecho do livro:

"Dr. Yalom - Para mim, esta foi uma das sessões menos complicadas e menos tangíveis que já tive com Ginny...Por algum tempo ela me falou sobre sua depressão, sobre seu desânimo, sobre o fato de a última sessão ter sido muito ruim e de eu tê-la pressionado a obter algum tipo de resposta que ela não sabia e não podia dar."

"Ginny - Antes de sair de casa, temi que não houvesse nada sobre o que conversar, mas depois pensei que, num passe de mágica, as coisas funcionariam sozinhas...Quando você perguntou sobre minhas metas, eu me dei conta de como me sinto afastada de qualquer interesse em mim mesma."

Estou na página 175 chegando ao desfecho da terapia da personagem e minha também pois confesso que estou fazendo da terapia de Ginny, a minha própria. Talvez por isso mesmo é que esteja tão doída a leitura. Leio, paro, reflito, analiso a situação dela e a minha e tocar em determinadas feridas não e fácil. Mas recomendo sua leitura a todos que se aventurarem a se autoanalisar assim como estou fazendo. É gratificante.

O outro livro que iniciei a leitura e - graças à Deus - é super leve, divertida e apaixonante, é o livro de Tony Bellotto, No buraco. Teo Zanquis é um ex-guitarrista de uma banda de rock brazuca de um único sucesso, há anos extinta, cujos discos só podem ser encontrados em sebos musicais do centrão - de São Paulo, no caso. Sozinho, entocado em sua quitinete ao lado de uma guitarra com as cordas enferrujadas, contando uns trocados que não lhe permitem muito mais do que a sobrevivência biológica, o ex-roqueiro relembra suas hilárias aventuras on the road nos anos 80 e busca nos braços de uma coreana linda, balconista de um daqueles sebos, um pouco de sexo e companhia para enfrentar esses tempos bicudos.

Trecho do livro:
" Se até hoje não posso ver uma mulher sorrindo para mim, imagine naquela epoca, com toda a testosterona saindo pelo ladrão. Ainda mais uma freirinha com cara de quem vai se matar no dia seguinte.
"Eu adoro rock!" - ela disse.
Confessei que nunca tinha visto uma freira que gostasse de rock. Ela afirmou que achava que era a única. E me corrigiu:
"Sou noviça, ainda. Posso tirar uma foto?"

A leitura é hilária. Tony Bellotto tem se revelado um excelente escritor e seus personagens têm um que de nonsense maravilho e ainda assim, nos identificamos muito com eles. Para quem curtiu a geração 80 é uma excelente pedida de leitura.

Comentários

Pedrita disse…
eu estou lendo o continente de érico veríssimo, dentro de o tempo e o vento. incrível. beijos, pedrita
maria helena disse…
Comecei hoje A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón. Bjis

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