Os injustiçados escritores nacionais
Sou o que podemos chamar de leitora sem (ou quase) preconceitos. Movida pela curiosidade em conhecer autores e suas obras, ainda me pego supresa quando vejo o quanto nossos escritores nacionais ainda são objetos de preconceito. Trabalhando há mais de vinte anos em bibliotecas, me espanto quando, ao sugerir alguns autores, vejo as pessoas torcerem o nariz. Pôxa vida! As pessoas nem ao menos conhecem o autor e sua obra e já viram o rosto numa demonstração clara de renegar nossos talentos. Talentos, diga-se de passagem, que na maioria das vezes dão de dez a zero em muito lixo estrangeiro que nos fazem engolir nas livrarias. Agora me pergunto: por que? Por que se negar a ler um autor se nem ao menos conhece seu estilo, sua trajetória de vida literária, seu reconhecimento? Tenho verdadeiro carinho, admiração, respeito por autores como João Ubaldo Ribeiro, Luis Fernando Verissimo, Carlos Heitor Cony, Fernando Sabino. Isso sem contar com nossos autores clássicos como Machado de Assis, José de Alencar entre outros. E também sem contar com nossas escritoras como Clarice Lispectos, Cecília Meirelles, Nélida Piñon e tantas outras que não caberiam aqui. Mas hoje, apesar de gostar demais dos demais autores que falei acima, quero falar um pouco sobre um determinado autor que li, gostei demais e não me conformo com sua invisibilidade perante a maioria dos leitores: Josué Montello.
Sempre que falo sobre ele para alguém, sempre ouço: Quem? Nunca ouvi falar! Nunca li nada sobre ele ou dele. Tomei conhecimento desse autor, quando estava na sétima série do antigo ginásio. A professora deu o livro O labirinto de espelhos. Gostei tanto que nunca mais me esqueci dele. Passado muitos anos, já adulta e trabalhando em biblioteca, tive contato com um professora que era fã desse autor e conversando com ela, me indicou outros títulos para ler. Na sequência li Antes que os pássaros acordem, depois Uma sombra na parede, a seguir Enquanto o tempo não passa, A viagem sem regresso e por último li A última convidada. Ainda tenho muitos títulos dele para ler, inclusive seu livro mais famoso Noite sobre Alcântara. Montello é um mestre da narrativa. Seus personagens são riquíssimos e muito bem estruturados. Tanto que você esquece que são apenas personagens fictícios e se apaixona verdadeiramente por eles. Passam a fazer parte de sua vida. Legal isso não? Suas mulheres são inesquecíveis: Ariana, Edméia, Isabelle, Patrícia, Simone. Essas são apenas algumas das inúmeras mulheres de Montello. Fascinantes, perturbadoras, humanas. E as paisagens de suas histórias então? Montello tem um talento para descrever a cultura e a geografia maranhense. Sem dúvida, um autor injustiçado nesse imenso painel literário. Convido a todos para ler algum dos livros dele. Depois me digam suas impressões. Tenho ceteza que vão gostar. Assim como eu gostei!
Sempre que falo sobre ele para alguém, sempre ouço: Quem? Nunca ouvi falar! Nunca li nada sobre ele ou dele. Tomei conhecimento desse autor, quando estava na sétima série do antigo ginásio. A professora deu o livro O labirinto de espelhos. Gostei tanto que nunca mais me esqueci dele. Passado muitos anos, já adulta e trabalhando em biblioteca, tive contato com um professora que era fã desse autor e conversando com ela, me indicou outros títulos para ler. Na sequência li Antes que os pássaros acordem, depois Uma sombra na parede, a seguir Enquanto o tempo não passa, A viagem sem regresso e por último li A última convidada. Ainda tenho muitos títulos dele para ler, inclusive seu livro mais famoso Noite sobre Alcântara. Montello é um mestre da narrativa. Seus personagens são riquíssimos e muito bem estruturados. Tanto que você esquece que são apenas personagens fictícios e se apaixona verdadeiramente por eles. Passam a fazer parte de sua vida. Legal isso não? Suas mulheres são inesquecíveis: Ariana, Edméia, Isabelle, Patrícia, Simone. Essas são apenas algumas das inúmeras mulheres de Montello. Fascinantes, perturbadoras, humanas. E as paisagens de suas histórias então? Montello tem um talento para descrever a cultura e a geografia maranhense. Sem dúvida, um autor injustiçado nesse imenso painel literário. Convido a todos para ler algum dos livros dele. Depois me digam suas impressões. Tenho ceteza que vão gostar. Assim como eu gostei!
Comentários
Gláuber Soares
Confesso que sempre fui apaixonada por leitura e também não compreendo esse preconceito com autores nacionais. Aqui na blogosfera o que mais vejo são livros e livros surgirem de brasileiros, talentos que vem nos encantando e encantando todos que se permitem conhecer.
Gostei do texto! bjs
Abraço