Emoções sempre em pauta

                                                       (Imagem Shutterstock retirada do Google Imagem)


Já tem um tempo que me interesso por tudo relacionado a neurociência e afins. Gosto demais de ler livros que falem sobre psicanálise, psicologia e tudo o que se relaciona ao funcionamento do cérebro. E isso inclui as emoções e sentimentos. Já li vários livros de Irvin D. Yalom, psiquiatra que se tornou famoso por seus inúmeros livros que se tornaram best seller em todo o mundo. Li Quando Nietzsche chorou e confesso que foi um divisor de águas em minhas leituras. Naquele momento, passava por um período emocional bem complicado e ele foi uma verdadeira terapia para mim. Com muitas crises, choros, momentos de raiva, euforia e reflexão. Foi uma leitura muito difícil. Quase desisti de terminar a leitura várias vezes mas, por algum motivo, pegava de novo e seguia arduamente nos capítulos. Depois li A cura de Schopenhauer, Mentiras no Divã. Com o livro Cada dia mais perto ocorreu algo similar ao Quando Nietzsche chorou. Fazia um curso de criação literária e, de repente, me vi totalmente bloqueada em meus escritos. Pirei! Numa bela tarde entre as estantes de livros da biblioteca onde trabalho, meus olhos bateram direto na lombada desse livro. Peguei, li sua sinopse e decidi ler. Foi a mesma sensação, emoção e sofrimento do outro livro. Mas da mesma forma, serviu de terapia mais uma vez e me ajudou muito a entender minhas emoções daquele momento e consegui superar minha paralisia literária.Aqui na biblioteca onde trabalho, temos a assinatura da revista Mente & Cérebro. Fica aqui a dica para quem gosta da temática. Uma excelente revista! Na edição especial "Como o cérebro interpreta o mundo" v.3, trata do tema relacionamento: a arte do encontro. Indexei todos os artigos pois é cada um melhor que o outro. Tem artigo falando da mente da mãe com a chegada do bebê, artigo falando sobre preconceito e autoestima na relação amor e amizade, riscos de contato pela internet. Mas o artigo que mais me tocou foi "A dor da exclusão". O autor Kipling D. Williams fala a partir de uma situação que ele próprio viveu e que a partir dali, decidiu desenvolver suas pesquisas. Nesse artigo ele fala do quanto a rejeição nos causa sensações de dor física.

Achei muito interessante esse artigo pois todos nós carregamos experiências desde a primeira infância e temos todas elas registradas em nosso inconsciente sob forma de mal estar físico, muitas vezes febre, dores abdominais, dores no coração, na coluna e por ai vai.Quantos males que sofremos não começa na alma não é mesmo? E agravando por falta de cuidados, materializa-se no físico desestruturando nosso organismo. Eu mesma vivo sendo vítima de meu descuido emocional. Tenho consciência de que preciso cuidar de vários pontos dele mas, como a maioria das pessoas, vou protelando. Mas querem saber da última? Já estou assuntando alguns profissionais para futura terapia de psicanálise. Acredito cada vez mais que todos precisamos desse contato e orientações de um profissional afinal, tem coisas que por mais que tentemos resolver sozinhos, não conseguimos e assim nos mantemos patinando nso mesmos erros, causando os mesmos males ao nosso emocional e aos que convivem conosco. Eu já estou fazendo a minha parte. E você? Já fez ou faz terapia? Se interessa pelo assunto? Fala pra mim!

Comentários

Pedrita disse…
eu tb gosto muito desse tema. pra mim foi impactante a vida de freud pelo peter gay, incrível. beijos, pedrita
Bernardo disse…
oi Roseli! Não faço terapia, mas acho este assunto bem interessante, especiamente agora que esta literatura está bem mais acessível, com linguagem de fácil compreensão.
Parabéns pela postagem. beijo
Menina no Sotão disse…
Faço terapia desde os meus doze anos. Foi ideia de minha mammys que se preocupava com a minha falta de disposição para o convivio social. Eu preferia ficar em meu quarto a ir lá para a fora e desde sempre adorava a solidão. Não mudou em nada esse fato (risos) mas eu aprendi a entender que não sou igual aos outros e nunca serei e ser diferente é minha essência. Isso foi de grande ajuda pra mim.
Sigo fazendo terapias mais por medo de enlouquecer que qualquer outra coisa. Isso eu ainda não superei, mesmo acreditando que loucura é parte integrante de mim...
Quanto aos livros do gênero, só os li na epoca em que cursei psicologia. Hoje, sigo outra linha, em paralelo - mas se a vontade de mergulhar no universo voltar, não tenho dúvida que irei mergulhar nesse lago. rs

bacio
Anônimo disse…
Roseli
Este tema é prá lá de interessante. Já fiz terapia, mas acho que algo deu errado, porque acho que recebi alta mais pirada do que antes. Depois fui para a Europa e lá tive contato com outras pessoas igualmente piradas e maravilhosas. Não abandonei definitivamente a psicanálise, até porque os meus textos são criações de uma mente sempre ativa e ansiosa, que teme cometer erros (como qualquer outro ser vivente), mas atenta para o que está em volta, como a dar sentido para as trilhões de coisas que penso de uma só vez.
Bjuss

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