Mais livros libertos - 8º Bookcrossing Blogueiro


Sábado foi um dia cansativo para mim. Passei metade do dia em laboratórios fazendo diversos exames. Aproveitei para desapegar mais um livro que separei para fazer parte do Bookcrossing Blogueiro.
Depois que cheguei em casa é que me dei conta de que já tinha libertado um livro desse mesmo título no ano passado. Mas não tem problema, é um ótimo livro, de um grande autor brasileiro. Os meninos morenos, de Ziraldo. Um livro para todas as idades. Acabei deixando-o no banco do laboratório Papaiz Diagnósticos Odontológicos por Imagem

Sinopse:
Em 2003, quando Ziraldo esteve na Guatemala, conheceu o poeta Humberto AK´abal. E, segundo ele, "viajando pelo mundo, de repente me deparei com essa multidão marrom e (acho) percebi o que se passa dentro deles. Me identifiquei com eles". Após esse encontro, surgiu a idéia de escrever Os Meninos Morenos. Como ele mesmo diz, "não sou índio, não sou negro, não sou árabe, sou apenas da mesma cor que Ak´abal" e, por essa razão, Ziraldo acredita ter entendido a alma de quem, como ele, sabe de onde vem: do ventre do jaguar, dos templos de Tikal, onde seus avós e os avós de seus avós já ouviam o canto do quetzal. Ziraldo escreveu este livro e convidou o poeta guatemalteco para intercalar, entre suas histórias de menino moreno, alguns de seus belos versos de menino cor de terra. Segundo Ziraldo, Os Meninos Morenos. é uma tentativa de revelar para o mundo quem somos nós, fala das lembranças da infância de dois meninos cor de terra - um na Guatemala, outro no Brasil, dois países deste enorme continente de meninos morenos. O menino moreno do Brasil narra passagens de sua avó pescando lagosta e de seu avô que, um dia, explicou-lhe a música que a chuva toca sempre que surge (e, até hoje, toda vez que ouve a chuva tamborilando no telhado, o moreno Ziraldo sente uma enorme sensação de aconchego e segurança); lembra de quando seu pai decidiu despachar o cachorro Zulu de trem e da imagem do pobre cão chorando como criança - justo Zulu, que sempre fazia a festa como quem não sabe o que é guardar rancor; do nascimento de um de seus seis irmãos pelas mãos do avô parteiro; da primeira vez que seu pai foi ao cinema com ele, entre tantas outras recordações poéticas que preenchem o coração de nosso narrador. Enfim, em sua nova obra, Ziraldo faz uma homenagem a várias figuras importantes de sua vida, como seus pais, seus avós, seu tio João Gualberto, além de seus amigos Zé Mamona, João Permanente, Zé Biscoito, João Bobo e João Barbeiro - todos fiéis habitantes da terra dos meninos morenos de sua infância. Enquanto isso, o menino moreno da Guatemala empresta alguns de seus belos e sensíveis versos, também relatando trechos de sua infância para, ao longo do livro, compor a ternura e o brilho do universo "morenocêntrico" apresentado por Ziraldo.

Ainda hoje, pretendo deixar mais dois livros no consultório de minha terapeuta.


O cidadão invisível, de Gilberto Dimenstein.
Sinopse: Uma cidade, dois mundos diferentes. Naco e Patrícia são as duas pontas da mesma realidade. O menino de rua Naco se tornou invisível. Ele busca recuperar sua visibilidade, mas acaba se rendendo às tentações do novo “poder”. Patrícia é uma garota de classe média que não se conforma com a desigualdade social. Um dia, os dois se encontram. E a experiência irá mudar suas vidas. Inspirada no clássico O cidadão de papel, esta narrativa em quadrinhos abre nossos olhos para o que nem sempre queremos ver.

Relato de um náufrago, de Gabriel García Márquez
Sinopse: Em 28 de fevereiro de 1955, oito tripulantes do destróier Caldas, da Marinha da Colômbia, caíram na água e desapareceram durante uma tormenta no Mar do Caribe. Apenas um deles sobreviveu, Luís Alexandre Velasco, que, após passar dez dias à deriva, sem comer nem beber, foi encontrado semimorto numa praia deserta do norte da Colômbia. Praticamente seqüestrado pelas autoridades e colocado num hospital naval, só lhe foi permitido falar nesse tempo a jornalistas do regime, e apenas um da oposição, disfarçado de médico, conseguiu entrevistá-lo.

E você? Já libertou algum livro hoje? Não? Ainda dá tempo. Essa blogagem vai até dia 23. Vamos desapegar e disseminar a leitura por aí. Quer saber mais sobre esse evento? Leia mais

Comentários

Luma Rosa disse…
Uau! Grandes títulos!! Só não conheço "O Cidadão Invisível" que por certo já anotei para procurar. Conheço o nome de Gilberto Dimenstein como jornalista brasileiro de renome internacional, mas não sabia da sua atividade como autor de quadrinhos :D Ah, ele também tem alguns projetos pedagógicos!
Obrigada mais uma vez, Roseli!!
Vamos que vamos mais uma vez juntas nessa empreitada!!
:)
Beijus,
Marly disse…
Os livros libertados são todos bons, mas o do Ziraldo e do Gabriel Garcia Márquez me "encheram" os olhos, vou procurar ler os dois com certeza, rsrs.

Beijo

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