Cotidiano
"Todo dia ela faz tudo sempre igual..." Muriel despertou naquela manhã com o trecho da música de Chico Buarque na cabeça. Iniciou seu dia exatamente como todos os demais dias: sentou-se na cama, se espreguiçou bastante para acordar seu corpo, foi ao banheiro rápido e a seguir, foi para a cozinha. Chegando lá, pôs o café pra fazer, o leite pra ferver, as fatias de pão de forma para tostar, arrumou a mesa para o café da manhã e correu para se arrumar para trabalhar. Durante o trajeto entre sua casa e o trabalho, dentro da condução lotada, Muriel se pegou pensando no quanto sua vida era uma mesmice. Exatamente como na letra de Chico, todo dia ela fazia as mesmas coisas, passava pelas mesmas ruas, encontrava as mesmas pessoas (ou será rostos) na condução e, ao chegar a empresa, cumprimentava as mesmas pessoas. Todo santo dia! Enquanto divagava sobre sua vida besta, sem querer, ela se viu olhando para uma pessoa que, no mínimo, podia-se classificar como esquisita. Uma moça que enc...