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Mostrando postagens de maio, 2010

Por fora casca dourada, por dentro pão bolorento (ou algo parecido)

Sabe de uma coisa que adoro fazer? Não? Vou confessar pois é uma das coisas que mais me dá prazer. Sempre que ando de condução, quando não durmo ou não estou lendo, adoro observar as pessoas. Nossa! A fauna humana é tão diversificada e tão rica! Em alguns minutos andando num ônibus ou no metrô ou, mesmo quando dou aquela parada para um cafezinho, sento-me e saboreando um delicioso expresso, passo a minha atividade de observatório. Jovens descolados, com suas calças laaaaaá embaixo, cabelos desestruturados e coloridos, piercings por toda parte. Senhoras encurvadas pelo tempo e pelo sofrimento, trazendo na cabeça, um coque grisalho, olhar perdido, cansado, talvez de um dia inteiro de trabalho duro na fachina na casa ou apartamento de alguma dondoca. Pensando no que vai cozinhar ao chegar em casa para sua família: seu marido pedreiro de obras que costuma sempre chegar em casa mamado de tanta pinga, reclamando da vida, da dureza, da parca comida em casa, da falta de beleza de sua companhei

Uma deliciosa fábula francesa

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Em matéria de literatura, nunca gostei de histórias muito certinhas, com personagens também certinhos, muito menos finais felizes. Talvez, justamente por ser humana, gosto da complexidade que todos trazem impressos em seu DNA. Com certeza é isso o que me encanta nos filmes de Wood Allen. A gama de personagens neuróticos e urbanos é de uma riqueza! Simplesmente me identifico! O livro que terminei de ler, me fisgou por completo. O personagem Virgile é de uma neurose absurda que me ganhou desde a primeira página lida. Suas manias, seus pensamentos obssessivos, sua maneira de pensar e enxergar as pessoas, a cidade e a vida são tão...comuns! Apesar das pessoas acharem umas as outras “estranhas”, “esquisitas”, se analisarmos bem de perto, veremos que o que menos tem, se é que tem, é gente normal. Como já disse um certo alguém: De perto ninguém é normal! Outro atrativo do livro além dos personagens bizarros, é a própria cidade de Paris. Ela é uma grande personagem na história de Mar

Uma deliciosa ficção para ler e se deleitar

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Hoje fa larei um pouco sobre um livro que me causou forte impacto quando o li. Apesar de ser um livro com uma carinha de literatura juvenil, a sua temática é forte, bem contemporânea e verdadeira. Mesmo se passando em um país fictício. Estou falando do livro A Casa do Escorpião, da escritora norte-americana Nancy Farmer. Livro que recebeu o prêmio Nacional do Livro (EUA) é uma excelente ficção futurista que aborda temas bem atuais como drogas, clonagem, preconceito, imigração clandestina, escravidão, tirania e relações humanas. É uma história e tanto! Indicado para todas as idades! Sinopse: Desde que Matt nasceu, sempre foi visto como uma aberração, pois era o clone de El Patrón, poderoso senhor das drogas e governante absoluto de ´pio, país localizado entre os Estados Unidos e Aztlán, antigo México. Matt vivia escondido em uma casa com sua "babá" Célia, que se não trabalhasse para El Patrón quando tentou entrar ilegalmente no país, seria transformada em uma espécie de zumbi.

Quel sugou minha energia?

Há uns anos atrás, li uma reportagem numa revista, se não me engano a revista Planeta, onde se falava sobre vampiros de energia. Na época achei engraçado esse termo e nem dei importância. No entanto, com o passar dos anos e vivência, percebo dia a dia que existem mesmo esses seres que nos roubam energia e que o simples contato e convivência com tais pessoas, nos deixam completamente estafados ao final do dia. Como meu trabalho é sempre em contato com o grande público, tem dia que saio da biblioteca mais parecendo um saco vazio. E pelo jeito, eu devo ser uma "doadora" de energia pois - é incrível - como pessoas problemáticas me buscam para desabafos, conselhos, orientações. Como convivo muito com adolescentes, e essa fase costuma ser muito problemática para a maioria, adicionado ao convívio turbulento de muitas famílias, esses jovens me buscam para desabafar, conversar e acabam por se apegarem a mim talvez movidos a muita carência afetiva. Se por um lado isso me é prazeiroso p

Fim de semana com muita cultura

E a Virada Cultural está aí chegando amanhã com tudo. Muita programação para todas as idades e para todos os gostos. Quem puder, que aproveite pois ter a cultura tão a mão dessa forma, só mesmo uma vez ao ano. Quanto a mim, Uahhhhhhhhhhh!!!! Nossa que sono! O que mais quero é dormir! Ando tão cansada que nem pique para me divertir ando tendo!! Mas, por favor, não se deixem levar por minha falta de ânimo. Curtam bastante esse final de semana. Cantem, dançem, vão aos cinemas, enfim, VIVAM!!!!! PS: Pensando bem, dei uma olhada mais atenta à programação e acho que vou dar um chega pra lá na preguiça e no cansaço e vou aproveitar. A programação está demais! Vambora!

Clube do Livro em escala mundial

Li essa notícia e achei-a bem legal. E quem diz que as pessoas estão desmotivadas para a leitura, Bah! Quanta tolice! Aqui mesmo no Brasil, com tantos projetos, grupos de leitura, os próprios sites de relacionamentos sobre livros como o Skoob e O Livreiro, nos dá uma ideia do quanto as pessoas andam lendo e o quanto também. Aprovado! No ano passado, os moradores de Edimburgo se envolveram com a aventura de Arthur Conan Doyle, O mundo perdido . No mês passado foi a vez de os dublinenses participarem de uma leitura coletiva de O retrato de Dorian Gray , de Oscar Wilde, e os leitores da cidade litorânea britânica de Brighton estão atualmente envolvidos com o romance de Ian Fleming, Moscou contra 007 , uma aventura de James Bond. Agora um novo projeto espera levar a iniciativa “um livro, uma cidade” ao próximo passo, propondo ao mundo todo a leitura do mesmo romance. Nascido da inspiração de Jeff Howe, autor de O poder das multidões e um dos editores da revista Wired , acaba de ser lançado

Ficção israelense: agradável descoberta

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Na semana passada meus dias foram muito corridos no entanto, estava num ótimo período para leitura. Tanto que já estava lendo dois livros mas um título que chegou a biblioteca me chamou demais a atenção e não resistindo, acabei por pegá-lo para ler. Iniciei a leitura na condução enquanto voltava para casa à noite. E em dois dias terminei sua leitura. E gostei demais pois o autor tem uma narrativa ágil, gostosa e fiquei bem satisfeita pois nunca havia lido nada dele nem de nenhum outro autor de sua nacionalidade. O livro chama-se Duelo, do israelense David Grossman. Estamos tão acostumados a ler somente autores do Ocidente que dificilmente nos interessamos por outros autores de outras nacionalidades. O que é um grande equívoco não é mesmo? Afinal, talento existe em toda parte e é sempre enriquecedor conhecer outras culturas, outros costumes. Uma excelente dica de leitura para todas as idades no entanto, deixo aqui em especial aos adolescentes pois o livro tem um visual de HQ com lindas

Abenção minha mãe!

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Quando decidi falar sobre essa mulher, me peguei sem palavras para descrevê-la afinal, como encontrar palavras para falar de um ser tão acima de você e das demais pessoas? Uma vez li em algum lugar que quando os anjos foram criados por Deus, para que esses seres divinos viessem à Terra, deveriam vir disfarçados de mãe. Preciso dizer mais? Quem de nós, seres humanos comuns , poderia ter essa forma de amar incondicionalmente? Quem de nós poderia ou teria condições de perdoar infinitas vezes? Mães são criaturas dotadas de um enorme senso das coisas, têm uma intuição fenomenal, têm o dom de esboçar o mais lindo sorriso quando muitas vezes, por dentro, estão sangrando. Não ligam de atravessar noites ao nosso lado quando adoecemos. Deixam de comer para ter sempre o alimento para seus rebentos. Defendem suas crias com uma voracidade anormal. Fazem sempre o impossível para ver seus filhos felizes ( o possível, o resto da humanidade já faz). Vibram com cada conquista que seus filhos adquirem e

É para se dobrar de tanto rir!

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Nossa! Lidar com a ansiedade de não poder escrever por estar ocupada demais é dose! Terminei de ler um livro e estava louca para fazer por aqui meus comentários e nunca que dava tempo ou oportunidade. Mas agora - estou aproveitando uma folga no meu trabalho - acho que dá para falar um pouco. Descobri esse livro no blog da Georgia (viu Georgia?) e achei o máximo pois já sou fã do autor enquanto músico (compositor e cantor) e não sabia que ele também tida escrito um livro. Estou falando do livro O Pai invisível, de Kledir Ramil. Lembram dele? Da dupla Kleiton e Kledir? Adoro suas músicas! Nesse livro, Kledir expõe suas experiências de pai de dois adolescentes e suas aventuras ao lidar com essa idade tão peculiar. Com um humor delicioso e numa escrita ágil e elegante, Kledir me surpreendeu e dei boas e muitas risadas diante de situações hilárias passadas em família. É claro que todos se identificam. Quem tem filhos nessa idade ou que já passaram dessa idade, vai se identificar com as sit