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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Cotidiano

"Todo dia ela faz tudo sempre igual..." Muriel despertou naquela manhã com o trecho da música de Chico Buarque na cabeça. Iniciou seu dia exatamente como todos os demais dias: sentou-se na cama, se espreguiçou bastante para acordar seu corpo, foi ao banheiro rápido e a seguir, foi para a cozinha. Chegando lá, pôs o café pra fazer, o leite pra ferver, as fatias de pão de forma para tostar, arrumou a mesa para o café da manhã e correu para se arrumar para trabalhar. Durante o trajeto entre sua casa e o trabalho, dentro da condução lotada, Muriel se pegou pensando no quanto sua vida era uma mesmice. Exatamente como na letra de Chico, todo dia ela fazia as mesmas coisas, passava pelas mesmas ruas, encontrava as mesmas pessoas (ou será rostos) na condução e, ao chegar a empresa, cumprimentava as mesmas pessoas. Todo santo dia! Enquanto divagava sobre sua vida besta, sem querer, ela se viu olhando para uma pessoa que, no mínimo, podia-se classificar como esquisita. Uma moça que enc

Quase fui pra lona

Hoje pela manhã ao vir pro trabalho, me aconteceu algo que poderia até colocar na categoria do surreal. Nunca fui dada a brigas, não cresci no meio de baixarias, falta de respeito e, portanto, sou uma pessoa da paz. Decidi ir pro trabalho de trem e metrô afinal, vai mais rápido, não pega trânsito e chego mais cedo ao colégio. Pois bem, ao chegar a estação de trem já me assustei um pouco pela quantidade de gente na plataforma. Mas até aí, tudo bem. Ao chegar o trem, é aquela briga para ver quem consegue entrar primeiro e conseguir um lugar pra sentar. Como desço na quarta estação, nem me preocupo em brigar por um lugar pois desço logo. Fico na porta mesmo afinal, é mais fácil para descer. Saímos da estação com o trem pra lá de lotado mas sem maiores problemas. Ao chegar na segunda estação, saí para fora para facilitar a saída dos que iam descer e após todos descerem, regressei para dentro do trem. Qual não foi meu susto ao sentir algo volumoso quase me atravessar o rosto! Meu reflexo fo

Vamos começar o ano - planos para 2010

Descanso prolongado chegando ao fim e hoje, em plena quarta-feira de cinzas, me preparo para iniciar o ano de fato. Afinal, o país só começa a funcionar depois do carnaval. Ando ultimamente numa dúvida atroz: sei que preciso fazer algo por mim mesma. Seja como hobby para pura distração, para meu lazer, seja para complementar minha carreira. Mas, não estou sabendo por qual caminho optar. São várias coisas que precisaria ou que gostaria de fazer. Exemplo: curso de línguas que vivo me cobrando para fazer mas, confesso que tenho uma baita preguiça para isso. Fazer uma nova pós..hum não ando muito inspirada por hora. Voltar a me dedicar ao desenho e a pintura que tanto gostava. Mas ao mesmo tempo, fico enrolando para retomar. Tem um curso que me chamou muito a atenção sobre escrita criativa. Esse eu ando bem tentada a fazer afinal, escrever tem sido meu barato dos últimos tempos. Estou quase optando por esse último. Tenho escrito várias coisas mas ainda me perco um pouco sobre a estrutura d

Só para não passar em branco (Carnaval)

Quanto riso, ohhh! Quanta alegriaaaaaaaaa! Mais de mil palhaços no salãaaoooooooo! Arlequim está chorando pelo amor da Colombina, no meio da multidão! Não quero parecer aqui uma saudosista daquelas que não aceitam o presente. No entanto, quando relembro o carnaval de outrora, da época em que fui criança e depois, ao adentrar a adolescência, quanta diferença!! Quando me reporto aos tempos de meninice, onde brincava ao lado de meus primos e primas, colegas da rua onde morava, essa data era muito esperada e aproveitávamos. A brincadeira era saudável. Alegria pura. Hoje, meu barato é bem outro. Talvez pelas mudanças de visão sobre o carnaval, talvez por ter amadurecido, tenho outros gostos e vontade. Por exemplo: hoje, acordei cedo e resolvi ir pra piscina do clube. Coisa boa! Tomar sol a beira da piscina, ler um bom livro, ouvir música...Oh! Coisa boa sô! Não queria outra vida não!! Mas, de qualquer maneira, desejo a quem curte um bom baile de carnaval, uma ótima diversão. Pule, cante, da

Encontro com escritor discutirá produção de conto erótico

Ai Meu Deus!! O ano pra mim ainda não começou. Ando numa preguiça que dá até...preguiça de tanto sentir preguiça. Pode? Redundante mas verdadeiro. Geralmente o início do ano pra mim - assim como para muitas outras pessoas - é complicado. Pareço um embaraço de linhas que para desatar, leva algum tempo e um certo jeito. Depois deslancho que é uma beleza! Mas, para não dar tanta pinta dessa minha preguiça de postar, vou colocar algo que achei bem interessante, além de ser gratuíto. Bom né? Quais são os elementos essenciais para a criação de um bom conto erótico? Para o escritor Marcelino Freire, além de um texto bem escrito, é preciso vivenciar situações e, sobretudo, saber ouvir. "Qualquer literatura tem que ser feita com vida. Eu vim ao Recife fazer um workshop porque nada mais erótico e sexual do que o Carnaval. Vim fazer alguns testes para trabalhar com os alunos em sala", diz o autor de Rasif (136 pp., R$ 27,90) e Contos Negreiros (126 pp., R$ 24,90), ambos da Record. Frei

Blogagem coletiva "Não ao plágio"

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Em solidariedade a nossa colega blogueira Lili, de Nossos Romances , deixo aqui meu protesto com relação a plágio nos blogues. Gente! Vamos combinar! Se você não tem absolutamente nada a falar ou a acrescentar, fique quieto na sua que todos temos a ganhar. Como bibliotecária, sempre procuro orientar meus alunos a sempre colocar a fonte se suas pesquisas e não sair por ai fazendo trabalhos, utilizando textos alheios e fazendo-os passar como de sua autoria. Sempre recomendo que coloquem a fonte de onde retirou sua informação. O mesmo se dá por aqui no mundo virtual. Vejam o caso abaixo: "A blogosfera literária unida vem através desta blogagem coletiva mostrar seu repúdio a aqueles que se utilizam dos textos alheios para se projetar na web. O mundo virtual dos blogs é um espaço livre, de compartilhamento de ideias e opiniões, mas essa liberdade também deve ser norteada pelos princípios da ética e da camaradagem. Infelizmente a ética e a camaradagem não têm sido respeitadas por alguma

Calendário da pedra: ninguém sai indiferente

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(imagem retirada do Google imagem) Sábado finalmente consegui ir ao teatro assistir a encenação de Calendário da Pedra, escrito, dirigido e interpretado por Denise Stoklos, A peça é inspirada no poema Book of Anniversary, de Gertrude Stein. Ao iniciar a peça, Denise avisa que o personagem não tem nome pois poderia ser qualquer um de nós. Ela mesma (Denise), qualquer pessoa do público, enfim, as experiências dessa personagem são comuns a todos os seres humanos daí, o fato de não ter um nome específico. Bom, não vou contar aqui o passo a passo da peça pois seria muito chato para quem assistiu e também chato para quem ainda não viu. No entanto, o que me força a escrever a respeito da noite de sábado, é deixar aqui a minha impressão pessoal sobre a atriz monumental, sua força de interpretação, sua memória privilegiada e, principalmente, sua resistência física que provou a todos os presentes que, é uma atleta nata. Ao término de sua apresentação, já estava a beira das lágrimas com uma emoç