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Mostrando postagens de agosto, 2014

Uma viagem estranhumana através dos livros de Stella Maris Rezende

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Como cenário, a cidade do Rio de Janeiro, uma cidadezinha do interior de Minas, pinceladas de Brasília e Torino (Itália). Junte a esses cenários, o período da ditadura militar no Brasil (1965) e três irmãs gêmeas que carregam o fardo de uma maldição que persegue a família por gerações. Ah! E antes que me esqueça, uma personagem pra lá de especial que tem uma participação importante na trama: a cantora italiana Rita Pavone. Numa realidade estranhumana onde relógios, telhados, chuva, xícaras e tantos objetos inanimados acompanham a saga das irmãs, a história só poderia ser escrita de uma forma criativa. poética e cativante. A autora, Stella Maris Rezende dá conta dessa tarefa de forma brilhante apresentando-nos um livro que prende o leitor do começo ao fim do último capítulo. Stella Maris Rezende, mineira de Dores de Indaiá é Mestre em Literatura Brasileira além de desenhista, cantora, escritora e atriz. Recebeu os maiores prêmios entre eles: João-de-Barro (1986, 2001 e 2008

Vidas provisórias: quantas existem espalhadas por esse mundão - sugestão de leitura

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Desde que Edney Silvestre se lançou como escritor, tinha uma certa curiosidade em ler seus livros. Aqui na biblioteca onde trabalho temos todos eles mas até então, não tinha lido nenhum. Sempre estando com um livro ou dois já com a leitura em andamento e assim o tempo foi passando. Até que agora em julho, estando de férias em casa, decidi baixar alguns livros em meu tablet. Foi onde vi o livro Vidas provisórias para baixar grátis. Iniciei a leitura e gostei bastante de ler no tablet e de conhecer o conteúdo da história. Mas qual não foi minha surpresa ao terminar de ler o que tinha baixado e achar que não tinha baixado tudo. E não tinha mesmo! Retornando das férias peguei o livro na biblioteca e reiniciei a leitura e me envolvi com uma narrativa maravilhosa, personagens que me cativaram. Sinopse:  Expatriados, separados no tempo e na geografia, Paulo e Barbara compartilham, além da experiência do exílio, o estranhamento pela perda de suas identidades, o isolamento e a sensaçã

Apenas uma chance - Um conto de fadas contemporâneo

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Semana passada ainda me encontrava de bobeira em pleno final de férias. Passeando pela Avenida Paulista, dando um tempo entre a entrega de DVDs na locadora 2001 e  minha aula de Pilates, decidi pegar um cineminha. Por questão de horário, acabei desembocando na galeria do Conjunto Nacional e lá, no cine Livraria Cultura, se encontrava em cartaz dois filmes. Um deles já assisti e até comentei por aqui. Trata-se do filme O Grande Hotel Budapeste. O outro, nunca tinha ouvido ou lido qualquer coisa sobre ele.  No entanto, como o horário dava certinho para mim, paguei e entrei. A sessão até já havia começado. Literalmente no escuro sobre a história, fui me deixando levar e não é que me pegou de jeito e ao término do filme me encontrava totalmente feliz pela escolha? A trilha sonora é muito bonita, a atuação dos atores é muito boa e, como gosto de assistir a filmes que fujam da paisagem americana que já me cansou, adorei conhecer um pouco do subúrbio do Reino Unido. A incrível hi

Sujeito sem verbo: narrativa impactante

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No mês de julho li um livro que me deixou impactada diante de tamanha beleza e crueza sobre a solidão humana. Se pararmos para analisar a fundo, todos sem exceção, somos solitários. A começar pelo nascimento e finalizando com a morte. Atravessamos uma vida inteira nos iludindo que a solidão só existe no outro. Nunca em nós. Ledo engano! E pude comprovar das mais variadas formas, a solidão do cidadão nos belos, crus e tocantes contos do escritor Fernando Rocha. O livro já é uma pérola a começar por seu título que já diz muito: Sujeito sem verbo. Quando recebi pelo correio esse livro vindo do próprio autor, não imaginava o conteúdo da obra. As vezes prefiro assim. Iniciar minha leitura sem nenhum conhecimento e aos poucos descortinar sua mensagem.  Contos curtos, ágeis mas que nos entrega um cotidiano ácido, sem colorido, sem brilho, comum. O mais incrível é nos apercebermos que tudo isso é tão próximo de nosso cotidiano. A diferença é que muitos de nós conseguimos lidar