Lendo e fazendo terapia


Hoje tirei a tarde pra falar um pouco sobre algo que gosto de fazer: comentar as impressões sobre um livro lido. Estava empacada numa leitura que até achei que não conseguiria terminar. Ms como já tive a mesma experiência num outro título do mesmo autor, decidi ir adiante com a leitura mesmo que devagar. E nesse compasso lento, cheguei ao fim do livro. Gosto muito de psicologia e psicanálise por isso mesmo virei fã do autor Irvin D. Yalom. Li os títulos Quando Nietzsche chorou, A cura de Schopenhauer, Mentiras no Divã e em julho terminei de ler Cada dia mais perto. E faço aqui as minhas interpretações do livro. Costumo sempre dizer que os livros é que nos escolhe de acordo com o momento que estamos vivendo. Comprovei mais uma vez essa minha teoria. Em meados de março estava em crise com minha escrita. Bloqueio total e não estava conseguindo nem mesmo postar por aqui. Desenvolver alguma história então, nem pensar! Como estava participando de um curso de criação literária fiquei horrorizada comigo mesma. Certa tarde aqui na biblioteca, passeando pelas estantes como sempre gosto de fazer, um livro me chamou e peguei para ler a sinopse. Bateu de imediato com minha crise criativa. Afinal, a personagem é uma escritora com bloqueio que busca ajuda de um psicanalista para resolver suas neuras. Me senti a própria personagem. Só que como toda terapia, não é fácil nem de se fazer e muito menos de ler. O que? Quer saber se a leitura é chata? De jeito nenhum. Mas como eu iniciei uma terapia colada a personagem, muitas das dificuldades dela eram minhas também e trabalhar isso tudo em mim, muitas vezes me machucou, me incomodou e por aí vai. Mas, como a leitura anterior (Quando Nietzsche chorou), mexeu demais comigo e diversas vezes deixei o livro de lado pois a leitura ficava sufocante. No entanto, ao término do livro me veio a alegria da libertação. Sim! Pode parecer loucura mas realmente sinto que trabalhei algumas questões que estavam lá no fundo me atormentando e impedindo que florescesse minha escrita. Por isso mais uma vez recomendo ler para se tratar da alma, trabalhar as neuroses e encucações que muitas vezes ignoramos tê-las. Ler é um santo remédio além de ser um excelente passatempo. É o que se chama Biblioterapia e isso tem fundamento. Deixo aqui então minha sugestão de leitura.


Cada dia mais perto. Irvin D. Yalom, Editora Agir

Sinopse: O psicoterapeuta Irvin D.Yalom e Ginny Elkin, pseudônimo de uma escritora atendida por ele, reuniram escritos sobre seus pensamentos e emoções ao fim de todas as sessões de terapia realizadas ao longo de quase dois anos. 'Cada dia mais perto' é um relato de um relacionamento difícil e delicado, que revela pontos de vista, desejos, necessidades, expectativas e frustrações, tanto da paciente quanto do terapeuta.

Comentários

Unknown disse…
Oi Roseli, bom dia! Um livro realmente é uma grande terapia. Alguns a gente ler, outros a gente estuda. Esses últimos, demoramos mais a terminar, pois nos pegamos a detalhes. Valeu a dica, viu? Gosto de livros assim.Aliás, livro pra mim é igual comida: raramente acho uma ruim,rs. Abraços
Sonhos melodias disse…
Oi Mari! Concordocom você sobre a importância do livro na vida da gente. Não vivo sem um. Obrigada pela visita e volte sempre.
Bjs
Néia Lambert disse…
Justamente hoje eu estava procurando algumas dicas de leitura, que bom ter passado por aqui, vou procurar ler Irvin D. Yalon.

Beijos
Luma Rosa disse…
Wow!! Interessante como algo que sabemos na prática e que definimos com tantas palavras, possui uma nomenclatura própria: Biblioterapia! Adoro essa terapia!! Beijus,
Sonhos melodias disse…
Neia é uma leitura muito boa mesmo. Vale a pena ler não só esse livro mas todos do autor. Obrigada pela visita e volte sempre pois estarei colocando mais sugestões de leitura.
Bjs
Sonhos melodias disse…
Oi Luma pois é menina o nome disso é Biblioterapia e é bom demais. Nós que somos amantes da leitura sabemos disso.Obrigada pela visita e volte sempre que puder ou quiser.
Bjs

Postagens mais visitadas deste blog

Deixando a preguiça de lado

Eita que fogo na bacurinha!

Projeto EXEMPLOS: contos