Mulher
Mesmo quando questionada sobre: "Está namorando?, Pensa em casar?, Pretende ter filhos?. Quantos filhos?" Ahhhhhhhh!! Que chatice isso! Sempre que tinha reuniões familiares parece que só sabiam perguntar isso. Mas mesmo assim, nunca me chateei por minha condição feminina. Aliás, olhando para trás, vejo o quanto sou privilegiada tendo nascido em meados do século 20, quando a mulher já havia conquistado uma certa liberdade e certas regalias e direitos que até o século 19 lhe eram negadas. Me considero uma mulher moderna no que de melhor o termo tem. Sou prática, urbana, culta, tenho liberdade de ir e vir
, tenho um bom emprego, uma profissão que escolhi entre tantas, enfim, estou de bem com a vida. Dou muita importância a essa liberdade que foi conquistada a duras penas por nossas ancestrais que sentiram na pele o poder do preconceito. A força que advém de uma mulher interpretando no palco da vida inúmeros papéis : mulher, mãe, profissional. Desempenhando várias tarefas ao longo do dia se preocupando com casa, filhos, marido, lembrando-se dos aniversários em família, cobrindo-se de rugas de preocupação com aluguel, contas a pagar, ganhando olheiras profundas por noites mal dormidas por cuidar de filhos adoentados, febris, exigindo cuidados e atenção redobradas. Tendo que driblar o ciúme do marido por eles acharem que damos mais atenção aos filhos que a ele, que anda tão carente nos últimos tempos...Deus do céu! Só mesmo sendo mulher pra agüentar tudo isso e
mesmo assim, estar sempre com um sorriso estampado no rosto e uma esperança no olhar.




Comentários
Mas antes disso,parabéns para você, dona de um texto tão gostoso.
Adoro esse seu blog, se não escrevo muito nele, é por falta de tempo, afinal...ser mulher é fazer um milhão de coisas ao mesmo tempo e todos os dias...kkkk
Montão de beijos e de novo Parabéns!
Fá.
E porque hoje é dia 8 de Março, deixo-lhe um excerto do poema Eva, que dedicado à mulher, também o é a si.
Bj,
jj
Eva
(...)
Mas a mulher descobriu as fraquezas
dos homens que carregou no ventre.
Aguentou a lonjura do tempo moralizado,
aniquilando as lanças da brutalidade instintiva,
e herança primitiva das leis, da fé e dos costumes,
vencendo as eras e os azedumes...
De esperanças de chegar à igualdade
e assumir-se na importância
da efectiva força da maternidade,
dando à luz, parindo um mundo,
vigorosamente escorreito, humano e profundo.
Sem intento preconceituoso,
de segmentação sexuada,
mas pela união dos corpos em ternura,
na inteligência do amor por amor,
para que tudo seja pelo prazer desta aventura,
no eternizado anseio de viver melhor.
joão m. jacinto
bjs e parabéns pela homenagem