Taí! Esse livro me deixou muito feliz!
Até bem pouco tempo era analfabeta de literatura latina. Sim, confesso que nunca tinha lido nada de Gabriel Garcia Márquez, Mario Vargas Llosa, Borges, Cortázar e Cia. Mas aos poucos fui me permitindo conhecer, ver se gostava ou não, analisar a obra. Lembro-me do primeiro livro que li foi do Gabriel G. Márquez Crônica de uma morte anunciada. Simplesmente amei! Depois li Memórias de minhas putas tristes. Gostei demais!
Aí me empolguei e li O carteiro e o poeta, de Skármeta, depois O último leitor,de David Toscana. E vieram alguns livros de Mario Vargas Llosa iniciado por As travessuras da menina má que achei demais de bom. Adorei Segredos de menina, de Maitena Burundarena.
Toda essa introdução é para falar a vocês sobre minha última leitura: Livro de receitas para mulheres tristes, de Héctor Abad.
Autor colombiano, jornalista, editor e tradutor, Héctor conversa com o leitor como se estivesse na sala de estar ou num boteco bebericando algo e falando sobre sentimentos, perdas, desejos.
Textos curtos e sempre indicando uma receita infalível para cada mal que nos aflige. Gostei tanto desse livro, a começar pela capa e pelo título que pesquisei e vi que aqui, na biblioteca onde trabalho tem mais um título dele que já separei para ler: A ausência que seremos. Olha que outro título mais lindo!
Leitura altamente recomendável para todas as mulheres que gostam de uma boa leitura. Independente de ser uma mulher triste ou não. O autor aborda sentimentos inerentes a todo ser humano portanto, é leitura para homens também. Até mesmo para que se conheça melhor a natureza feminina.
É a dica do dia!
Sinopse:
Héctor Abad nos revela neste seu Livro de receitas para mulheres tristes mais da sua sensibilidade humana e muito do seu talento literário, adotando gêneros desprezados, que nem literários são considerados, e os reinventando como boa literatura, sem lhes roubar a simplicidade.
A ironia está presente em todas as páginas, mas nunca é corrosiva. Logo de saída, o autor anuncia que ninguém tem a receita da felicidade, para em seguida afirmar que em seu “largo trato com frutos e verduras, com ervas e raízes, com músculos e vísceras de diversos animais silvestres e domésticos” descobriu “alguns atalhos de consolação”. E como um bom sábio-bruxo, sempre pronto a sorrir de si mesmo enquanto aconselha, faz boas mágicas com as palavras. Fala num cálido sussurro, como que socorrendo uma irmã, convidando-a a refletir sem alarde, com conselhos simples, e a dar umas boas risadas com suas piadas de alto calão.
E assim, quase não querendo, visita com esses atalhos os principais tópicos que mais preocuparam os filósofos do bem viver. Fala da angústia diante da finitude e da velhice, da imensa dor do luto, dos dilemas éticos nas relações amorosas. Mas também de questões mais comezinhas - e por vezes mais prementes -, como os incômodos da menstruação, a frigidez, o mau hálito, a constipação intestinal.
Não há hierarquia, porém. Cada texto tem sua cor, sua filigrana, e juntos formam um precioso livro-caleidoscópio que dá pena de largar e vontade de reler sem fim, sob outra luz. O convite é claro e transparente: “leia este falacioso ensaio de feitiçaria: o encantamento, se valer, nada mais é que seu som - o que cura é o ar que as palavras emanam”. Feliz de quem o aceitar.
Comentários
Bjs
Que delícia de resenha! Já adicionei no post para quem quiser saber mais do livro.
O autor tem a alma feminina... Como saber tanto de nós? (rs*)
Também gostei muito!
Beijus,
Bjs
Abraço!
Vi a indicação no blog da Luma e amei
Estou terminando Queda de gigantes de Ken Follet. E com toda certeza esse será meu próximo livro.
Amei o blog.
E te seguindo desde já na minha trilha bloguistica kkkk
Muita paz
Debby :)
Grata pela visita e comentário. Fico contente que tenha gostado do blog. Vou conhecer os seus.
Bj