Amor - um choque de realidade que vale a pena ver!

Antes mesmo de todo esse auê em torno do Oscar, fui assistir ao filme Amor, direção de Michael Haneke.
Como gosto de filmes que tenham muito mais interpretação que efeitos especiais, sai do cinema de alma lavada e impactada. Já ouvi de algumas pessoas que assistiram e até mesmo de quem nem foi ver, a seguinte opinião: Ah! É muito triste!
Discordo totalmente pois gosto de gente, gosto de observar vidas, gosto de acompanhar relacionamentos humanos. E esse filme, sem dúvida tem tudo isso. O cotidiano que muitas vezes até parece banal, é mostrado de forma clara, simples, sem maquiagem nenhuma. O dia a dia de um casal de idosos, suas dificuldades, limitações, decrepitude próprias da idade avançada, ao contrário de muitos, me encanta! Pôxa! Se uma pessoa chega a essa idade avançada, é um ser repleto de histórias, vivências, experiências. E eu adoro isso tudo. Cada ser humano é um museu particular ambulante. Um livro repleto de histórias e situações que vale a pena se ler. Portanto, a crueza, a honestidade com que o diretor comandou esse filme me fez ter a certeza, ao sair do cinema, que seria um grande vencedor de prêmio. E foi! Merecido! Já falei à várias pessoas com quem conversei que todos, sem exceção, deveriam de assistir a esse filme. Uma pérola no meio de tanta mediocridade que a famosa indústria de entretenimento tem feito e nos enfiado goela abaixo.Não tinha como ser diferente. Tinha de sair vencedor!

Sinopse: Por meio de uma narrativa isenta de sentimentalismo, faz o registro de uma realidade não rara aos idosos. Com praticamente dois grandes atores e apenas uma locação (um apartamento em Paris), Haneke traz à tona uma história de desenrolar arrasador sem cair na monotonia. Simples, a trama flagra o cotidiano de um casal de octogenários, George (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emanuelle Riva), professores de úsica aposentados. Durante um café da manhã, Anne não esboça nenhuma reação. A partir daí, mostra-se a finitude da personagem após sofrer um AVC. Isabelle Huppert interpreta a filha deles, preocupada com a saúde da mãe e ausente nas horas angustiantes.



Comentários

Ana Paula disse…
Eu assisti e tive a mesma impressão que você: alma lavada e impactada.
Uma pérola que foi merecidamente premiada!
Bj

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