Recebi a visita de uma linda dama de olhos azuis
Como no dia de ontem falei de coisas pesadas, hoje quero fazer o inverso e falar apenas do que é bom.
Quer coisa mais gostosa do que presenciar o olhar vivo e um sorriso estampado no rosto de uma criança? Aqui no colégio vivo sendo agraciada por essas visões. Adoro quando uma classe inteira de aluninhos do maternal percorrem o corredor em fila indiana. Alguns, quando nos vêm abrem aquele sorrisão! Fora quando muitas vezes saem da fila e nos abraçam! Confesso que ganho o dia!
Domingo a tarde, estava eu no meu computador preparando um texto quando, de repente, vi pela minha visão periférica, uma sombra passar. De início me assustei e pensei: Ai Meu Deus! Um fantasma entrou aqui! Olhei pra trás e não vi nada. Me arrepiei inteira. Voltei para meu texto. Dali a pouco, de novo tive essa sensação e qual não foi minha surpresa ao sentir algo macio e fofo se esfregando em minhas pernas.
Olhei pra baixo e tive uma visão linda! Uma gatinha branca feito neve, com olhos azuis celestes olhando de forma meiga para mim e super, super mansa! Não esperava por essa visita inesperada e não teve jeito: me derreti toda por aquela gatinha. Que fofa! Limpinha, cheirosa e com uma gargantilha em couro com um sininho pendurado. Minha irmã chegou bem nessa hora e ficamos as duas curtindo aquele bichaninho amistoso. Se jogava ao chão, fazia graça pra nós duas, ronronada quando eu acariciava sua barriguinha. Por fim, pulou delicadamente em meu colo e se alojou como se fôssemos amigas de longa data. A brincadeira e os mimos duraram pouco pois tive de colocá-la na rua para que voltasse para sua casa. Mas a danadinha voltava e queria entrar comigo. Esse episódio me lembrou a infância. Época em que chegamos a ter dezessete gatos em casa. Era uma farra só! Eu tinha um gatinho que trazia sempre dentro de minha blusa. Ele adorava ficar aninhado dentro dela sentindo minha respiração. Chegava até a dormir. Minha irmã também tinha uma gatinha preferida e fazia o mesmo. Quando pouco a pouco, foram morrendo ou sumindo
de casa, minha mãe decretou que não queria mais ter animais em casa. E, de lá pra cá, nunca mais tivemos animais. Agora,com o surgimento dessa gatinha, vi o quanto a casa fica sem graça sem a presença deles. Quero um! E a gatinha continua aparecendo para nos visitar. Ontem foi a vez de meu tio apreciar a companhia dela enquanto cuidava do jardim. Ela chegou mansamente, olhou para ele, para as plantas que ele ajuntava de lado, corria atrás das borboletas que apareciam e assim, segundo meu tio, ele teve uma tarde gostosa na companhia daquela dama amável! Diante disso, chego a seguinte conclusão: precisamos de tão pouco para sermos felizes. Não acha?
Comentários
Roseli, percebo que quem tem animais em casa, tem mais facilidade para demonstrar carinho através dos gestos. Os animais por "exigirem" a nossa atenção, acabam por nos fazer exercitar o chamego no modo de tocar e falar com eles. Por que com os animais é bem mais fácil expor nosso lado cativo?
Me lembrei agora de Niemeyer quando ele dizia sobre as mãos. Tem um poema lindo dele sobre essa parte do nosso corpo que expressa muito de nós.
Tocar é gesto simples. Abraçar é simples e é desse pouco que precisamos!
Beijus,
Na minha infância não tive oportunidade de ter bicho nenhum, pois meus pais odiavam.
Qdo marquei casamento, a primeira coisa que compramos foi um cachorro! A partir desse dia nunca mais fiquei sem bicho em casa. Hoje tenho 4 cachorros. E é uma farra mesmo. Amo!
Beijos